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A hecatombe provocada pelas gravações do empresário Joesley Batista, da JBS, que mostram Michel temer avalizando a compra do silêncio de Eduardo Cunha, uniu oposição e base aliada em um único diagnóstico: só resta ao peemedebista a renúncia ou cassação pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Considerando os recordes de impopularidade de Temer entre os brasileiros, políticos e especialistas consideram praticamente inviável sua permanência no cargo.
O TSE, que julga a cassação da chapa pela qual ele se elegeu, será pressionada a restaurar a “institucionalidade” no país. Ato contínuo, a oposição vai fazer carga por eleições diretas.
"A expectativa no fim da noite desta quarta (17) era de que o TSE fosse convocado a antecipar o julgamento da ação contra a chapa Dilma-Temer, marcado para o dia 6 de junho.
No TSE, o clima era de apreensão. O presidente da corte, Gilmar Mendes, estava na Rússia, em missão oficial, quando as primeiras notícias sobre o caso saíram. Um ministro do tribunal disse que havia expectativa de que a delação da JBS fosse comprometedora, mas ninguém imaginava algo tão grave.
Apesar da pressão, a renúncia de Temer é considerada improvável, especialmente pela situação delicada em que o peemedebista poderia ficar, sem mandato, com gravação de obstrução de Justiça na Lava Jato."
DIRETAS JÁ
Após vir à tona a informação de que o presidente deu aval para pagamento de propina para calar o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), internautas relataram a ocorrência de panelaços em diversas regiões do Brasil.
No Rio de Janeiro, houve relatos de batidas de panelas na Tijuca, no Flamengo e em Botafogo. Internautas afirmaram nas redes que houve ainda panelaços em Brasília, Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador e Recife.
Em São Paulo, o som das panelas foi ouvido no bairro de Santana, na zona norte da capital. O protesto foi registrado em vídeo pelos moradores da região. Segundo internautas, também houve "panelaços" na Vila Mariana e na região central da cidade. Manifestantes também ocuparam a avenida Paulista pedindo Diretas Já.
O povo foi para as ruas nas principais capitais pedir as eleições diretas. Mais de trezentas pessoas se reuniram em frente ao Palácio do Planalto, em Brasília. Houve confronto entre a polícia e os manifestantes.
GOLPE NO GOLPE
O PSDB, partido aliado ao governo que tem um dos seus principais caciques envolvido no escândalo da JBS, Aécio Neves, defendeu na noite desta quarta-feira(17) eleições indiretas no país. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse que a solução para o Brasil após a queda de Temer é a eleição indireta. Fenando Henrique, que apoiou o golpe contra a presidente legítima Dilma Rousseff, volta a ser golpista, ao pregar a escolha de um nome eleito pelo Congresso. Ele não falou sobre a propina de R$ 2 milhões paga a Aécio, que pode ser preso a qualquer momento.
A advogada Janaína Paschoal, autora do pedido de impeachment que destituiu a presidente Dilma Rousseff, usou as redes sociais para pedir mais um golpe contra os brasileiros, agora com eleições indiretas. Folha de São Paulo/ Estado de São Paulo/ Agência Reuters / Brasil 247/Blog Gilberto Dimenstein