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Dirigentes sindicais de diversas categorias participaram do Seminário Preparatório para a Reinstalação da Comissão Nacional do Benzeno. Evento foi sediado pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Petroquímicas de Porto Alegre e Triunfo/RS, na terça (17).
O benzeno é altamente tóxico e cancerígeno. A exposição à substância afeta a saúde dos trabalhadores, assim como o meio ambiente. A contaminação é por vias respiratórias, orais e absorção da pele. A extinção da Comissão Nacional do Benzeno, pelo governo Bolsonaro, e as mudanças na Norma Regulamentadora 15 (NR-15) são preocupações dos especialistas e dos sindicalistas, que lutam pela reinstalação.
Presença – Pelos frentistas, acompanharam os debates Maria Aparecida Evaristo, vice-presidente do Sinpospetro-RJ; Telma Cardia, presidente licenciada do Sinpospetro-Guarulhos, e Lucineide Sampaio, secretária de Formação e Comunicação do Sinpospetro-BA.
Maria Aparecida frisa a necessidade das discussões sobre a retomada da Comissão Nacional e as alterações da NR-15, pois “não existe um limite para o benzeno; é um retrocesso a retirada do Anexo 13 da NR” – Regulamentações, atribuições e procedimentos de prevenção à exposição ocupacional ao benzeno, visando proteção da saúde do trabalhador.
Os dirigentes expressaram indignação quanto aos impactos das mudanças na vida do trabalhador e sua família. Os debates sobre as regulamentações continuam na sexta (20), na Fundacentro, em SP, e retomam em 9 de outubro (quarta), na Fiocruz, no Rio.
Aparecida ressalta a importância da sociedade conhecer os danos causados pela substância e se engajar na retomada da Comissão, contra as mudanças das Normas. Ela diz: “O benzeno não expõe só os trabalhadores, mas suas famílias e todos ao entorno dos postos de combustíveis, que podem ser contaminados pela exposição dos agentes químicos”.
A dirigente destaca os problemas da exposição à substância. Aparecida alerta: “Não podemos retroceder na luta contra o benzeno. Além de afetar os trabalhadores celetistas, existem também os terceirizados, que adoecem e a empresa imediatamente os dispensam e eles ficam sem assistência”.
Federação – O presidente da Fenepospetro, Eusébio Neto, apoia a luta contra o benzeno e orienta a categoria quanto a cuidados no abastecimento. Ele diz: “Os debates sobre a reinstalação da Comissão Nacional e mudanças das Regulamentações são de extrema importância. Precisamos nos mobilizar pela saúde dos trabalhadores, que devem evitar o contato com o produto e estar atentos aos sintomas do benzeno”.
Fonte: Fenepospetro